Em 2021, o Brasil tornou-se o quinto maior produtor de energia solar, saltando da 9ª posição que ocupou em 2020. O país terminou o ano com cerca de 13 GW: as novas adições (5,5 GW) foram puxadas principalmente pela geração distribuída (4GW), quando os painéis fotovoltaicos são instalados no local em que a energia será consumida. O setor residencial foi responsável pela maior parte das contratações (77,4%).
Os dados são do relatório REN21, lançado globalmente nesta quarta-feira, 15 de junho. O relatório compila as informações mais precisas disponíveis sobre investimentos em energias renováveis em todos os países do mundo. Segundo o documento, a energia solar distribuída cresceu no Brasil impulsionada, principalmente, por um aumento geral dos preços da eletricidade em decorrência da crise hídrica que impactou a capacidade hidrelétrica do país.
Apesar da lenta recuperação dos impactos da pandemia nos países da América Latina, a captação de energia solar fotovoltaica continuou a crescer em toda a região. Os quatro países com melhor desempenho em capacidade recém-instalada foram Brasil (5,5 GW), México (1,8 GW), Chile (1,3 GW) e Argentina (0,2 GW).
Além da geração elétrica fotovoltaica, o mercado brasileiro manteve-se como um dos mais importantes para sistemas de aquecimento solar de água, com uma alta de 28% das vendas neste segmento no ano passado. Apesar disso, o país caiu da quarta para a quinta colocação devido ao avanço dos EUA neste segmento, que passou de quinto para segundo do mundo em apenas um ano.